Planos de saúde poderão ter novos reajustes e regras mais rígidas para franquias e cartões de benefício

Planos de saúde poderão ter novos reajustes e regras mais rígidas para franquias e cartões de benefício

✔️ VER POST ✔️

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou, na tarde desta segunda-feira, uma audiência pública para discutir um conjunto de novas regras que podem alterar profundamente o funcionamento dos planos de saúde no Brasil. Entre as principais mudanças propostas estão a criação de critérios para reajustes excepcionais de planos individuais, a regulamentação das coparticipações e franquias, e o estabelecimento de novos parâmetros para os populares cartões de desconto. A audiência foi transmitida ao vivo pela internet e contou com a participação de diferentes entidades e especialistas do setor.

✔️ VER POST ✔️

Reajustes extraordinários para planos individuais

Um dos pontos centrais da proposta em debate é a possibilidade de que planos de saúde individuais e familiares possam ser reajustados acima do teto estabelecido pela ANS, em casos excepcionais. Segundo Alexandre Fioranelli, diretor de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, o objetivo é evitar distorções que podem ocorrer quando medidas isoladas são adotadas. Ele ressaltou que o "combo" de medidas pretende garantir maior estabilidade ao setor, sem onerar excessivamente o consumidor.

✔️ VER POST ✔️

O reajuste extraordinário seria permitido apenas para operadoras que comprovem estar em desequilíbrio econômico-financeiro, desde que apresentem indicadores técnicos que justifiquem a necessidade do aumento. Porém, essa possibilidade já está gerando preocupação em entidades de defesa do consumidor. Para Marina Paullelli, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a prática pode colocar os consumidores em uma posição desfavorável.

✔️ VER POST ✔️

“Esse tipo de reajuste coloca o consumidor numa situação de extrema desvantagem e, na prática, autoriza a alteração unilateral de preço. Seria adequado pensar em como as operadoras podem aprimorar a gestão das carteiras e em critérios de transparência e compliance para evitar desequilíbrios econômico-financeiros”, analisa a advogada.

✔️ VER POST ✔️

A medida já era prevista pela ANS, mas sua regulamentação estava suspensa por uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

✔️ VER POST ✔️

Reajustes mais claros nos planos coletivos

Outro ponto importante abordado pela proposta da ANS envolve os reajustes dos planos coletivos, que representam a maior fatia do mercado de saúde suplementar no Brasil. A intenção da agência é padronizar uma cláusula de reajuste nesses contratos, o que, segundo a ANS, daria mais transparência ao consumidor sobre o cálculo do aumento aplicado.

✔️ VER POST ✔️

Atualmente, o reajuste dos planos coletivos é definido diretamente entre as operadoras e as empresas contratantes. No caso dos planos por adesão, esse processo envolve ainda as administradoras de benefícios. A padronização, segundo especialistas, pode contribuir para que os consumidores tenham mais previsibilidade nos custos, especialmente em contratos empresariais.

✔️ VER POST ✔️

Planos para pequenas e médias empresas

A proposta também prevê mudanças significativas para os planos de saúde voltados às pequenas e médias empresas. Atualmente, essas apólices são limitadas a grupos com até 29 usuários, mas a ANS sugeriu que esse limite seja ampliado. A ideia é permitir uma maior diluição de risco entre os usuários, o que poderia resultar em reajustes mais equilibrados e contratos mais vantajosos financeiramente.

✔️ VER POST ✔️

Regras para coparticipação e franquia

Um dos temas que mais afeta diretamente o bolso dos consumidores é a coparticipação e as franquias nos planos de saúde. A proposta da ANS prevê a definição de um percentual máximo de cobrança por procedimento, além de estabelecer limites financeiros mensais e anuais. A ideia é evitar que os beneficiários sejam surpreendidos por contas excessivas ao final de um tratamento.

✔️ VER POST ✔️

Outro ponto relevante é a previsão de uma lista de procedimentos para os quais não poderia haver cobrança de coparticipação ou franquia. Isso inclui, por exemplo, atendimentos de urgência e emergência, que muitas vezes geram dúvidas nos consumidores sobre o que pode ou não ser cobrado.

✔️ VER POST ✔️

Cartões de benefício em debate

Os chamados cartões de benefício, que cobrem apenas consultas e exames, sem garantir internação hospitalar, também foram tema de discussão na audiência pública. De acordo com a ANS, existem cerca de 60 milhões de pessoas utilizando esses produtos no Brasil, que são uma alternativa mais acessível aos planos de saúde tradicionais, mas que carecem de regulamentação específica.

✔️ VER POST ✔️

Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, defendeu a revisão das regras desses cartões, afirmando que a intenção é garantir uma cobertura mínima para os consumidores e uma maior transparência nas condições oferecidas.

✔️ VER POST ✔️

“Sabemos que há cerca de 60 milhões de pessoas usando cartões de desconto, que são produtos baratos, sem qualquer tipo de regulação e fiscalização. É a forma como essas pessoas encontraram de ter acesso aos serviços de saúde. A proposta de rever as regras dos planos exclusivamente ambulatoriais é dar a esses consumidores a possibilidade de ter planos de saúde com preços mais baixos, regras claras e coberturas garantidas”, disse Rebello.

✔️ VER POST ✔️

Venda on-line e próximos passos

A ANS também propôs a criação de critérios para a venda on-line de planos de saúde. A ideia é facilitar o acesso dos consumidores às diversas opções de produtos disponíveis no mercado, permitindo que os contratos sejam firmados de forma rápida e segura pela internet. A proposta inclui ainda a obrigatoriedade de que as operadoras disponibilizem todas as informações relevantes sobre os produtos em seus sites, garantindo maior transparência no processo de comercialização.

✔️ VER POST ✔️

Após a audiência pública realizada nesta segunda-feira, a ANS deverá recolher as sugestões e considerações das partes interessadas para avaliar possíveis ajustes na proposta. Caso as mudanças sejam aprovadas, a nova regulamentação pode entrar em vigor ainda neste ano, prometendo alterar significativamente o panorama dos planos de saúde no Brasil.

✔️ VER POST ✔️

Gostou deste story?

Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!

Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!

Planos de Saúde RJ