O número de reclamações contra planos de saúde no Brasil disparou, com um aumento significativo de queixas relacionadas a atrasos nos reembolsos. Em 2024, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 64 mil queixas, o maior número em cinco anos, gerando preocupações sobre a eficiência dos processos de reembolso.
Os dados da ANS revelam um cenário alarmante para os usuários de planos de saúde. O aumento de reclamações em 2024, que totalizou 64 mil, reflete a insatisfação crescente entre pacientes e hospitais. Os atrasos nos reembolsos têm gerado frustração e incerteza, especialmente em um momento em que muitos dependem de serviços de saúde de forma urgente.
Um levantamento realizado em 85 instituições privadas indicou que os valores retidos pelos planos de saúde chegaram a quase R$ 6 bilhões em 2024. Essa quantia representa um impacto significativo na capacidade financeira de hospitais e pacientes, que muitas vezes precisam arcar com custos elevados enquanto aguardam o reembolso.
As operadoras de saúde têm exigido uma série de documentos para processar os reembolsos, incluindo:
Entretanto, a ANS não estabelece quais documentos são obrigatórios, permitindo que as operadoras aumentem suas exigências. Essa falta de padronização contribui para os atrasos, uma vez que os pacientes podem não estar cientes de todos os requisitos necessários para a aprovação do reembolso.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAP) defende que as operadoras estão implementando medidas para evitar fraudes, como a identificação de recibos duplicados e atendimentos inexistentes. Embora essas ações sejam importantes para proteger o sistema, elas também podem resultar em atrasos adicionais para os reembolsos legítimos.
O aumento das reclamações contra planos de saúde devido a atrasos nos reembolsos é um sinal de alerta para o setor. A falta de clareza nas exigências documentais e a necessidade de medidas mais eficazes para agilizar os processos de reembolso são questões que precisam ser abordadas urgentemente. Pacientes e hospitais esperam que as operadoras e a ANS trabalhem em conjunto para melhorar a situação e garantir que os direitos dos usuários sejam respeitados.
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